Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2021

A um ausente

Nestes tempos negros que a humanidade vem enfrentando é preciso enriquecer a alma e, com isso descobri um escrito de Carlos Drummond de Andrade, poeta gigante de nosso Brasil. A um ausente Tenho razão de sentir saudade. Tenho razão de te acusar. Houve um pacto implícito que rompeste e sem se despedires foste embora... Corri nos meus guardados e achei um texto incrivelmente semelhante de minha autoria! Imagine só...E, nesse tempo de ausências, cabe bem relê-lo! Aquele olhar indivisível, impalpável, ausente no infinito, indecifrável...Quanto cabe num olhar? Quanto há para falar sem conseguir ter o que dizer? E, diante do olhar impassível,  impossível, direto e  profundo...sem nunca dizer...só olhar...Nunca mais! Depois de tanto que falamos, adivinhando o que ia no pensamento, falamos muito diferente do que queríamos...como poderíamos saber? Nunca mais... Olhar de longe, querer mas não completar. Seria assim o Fim? O fim do visível, sensível, tocável, intocável, insensível, desapareceu...